sábado, 23 de outubro de 2010
A Queda
Não fales
Nada digas
Nem uma palavra sequer
Queda teus lábios cerrados
Assim se quedam os meus
Não olhes
Não toques
Não
Não sopres fragrâncias d´ estio
Queda teu corpo em estátua
Assim se quebrará o meu
Não escrevas
Não cantes
Não
Não declames do sonho o verso
Queda mudo teu mundo
Assim ensurdece o meu
Não segredes lugares
Não contes das margens verdejantes
Nem dos vales coloridos onde plano
Queda teu sonho turvo
Assim se escurecesse o meu
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Simplesmente maravilhoso.
ResponderEliminarNão segredes lugares
Não contes das margens verdejantes
Nem dos vales coloridos onde plano
Queda teu sonho turvo
Assim se escurecesse o meu
Senti como se fosse meu...lindo.
Beijo
Sonhadora
Em ascenção uma dor (a tua) que me deixa muda e queda.
ResponderEliminarExpectante que o teu silêncio se transforme em musica.
Pianíssimo o teu choro guardado.
(Espero por ti, no momento em que o verso gritante, rompa a madrugada dos segredos. mesmo que não digas nada.)
Outro dos mais belos, que te li.
Porque será que a dor num lamento mesmo surdo, agita os meus sentidos, sempre que te leio?
Inté Jazz
Um apelo para que a partir da atitude do/ outro/a, o sentimento de cá esmureça!
ResponderEliminarSim, um apelo para que a dor de cá páre, porque o sentimento é tão vasto que devasta. E o pedido para o fim de tudo, de todos e tantos sentires, permite a sobrevivência e a caminhada diária.
Belo poema que nos possibilita inferir de acordo com a nossa própria dor e sentimentos mais profundos.
Obrigada pela ida ao Canto, volte sempre que quiseres, será um prazer.
;)
DO PONTO à escuridão, entramos noutra dimensão!
ResponderEliminarPara onde seguira o próximo poema?
Não há rumo que arrume o que roma, fausta e depravada desarrumou, não há quem possa alçar vôo com a ave que voou, apenas resta a desilusão, mirando pela fresta a solidão que impesta a vida, pútreda ferida exposta em vão pelo simples gosto de observar mundos em colisão.
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