A sombra de uma sombra persegue sua sombra
Procura na penumbra sua silhueta semelhante
Sabe a sombra que somente sua sombra demonstrará a sua
existência
A sombra sabe, a
sombra sente
A sombra sente-se aparente
Sem luz a sombra não Será
E a sombra de uma sombra singular não é
A sombra de uma sombra ilumina sua escuridão
Sendo ambígua
vive vulto num corpo contraluz
A sombra é nitidamente uma luminescência inversa
A sombra de uma
sombra persegue a sombra
Procura na penumbra a claridade semelhante
Sabe a sombra que somente uma outra sombra justificará a sua existência
Olá, meu amigo poeta! Lindo poema! Já não me atrevo a tentar entrar na mente dos poetas como antes (estou enferrujada), mas o seu poema me fez lembra da busca incansável do ser humano pela sua metade. As almas gêmeas se procuram, sentem, sabem e precisam uma da outra para tornar a existência significativa. Desculpa a sua amiga romântica, mas foi assim que li sua poesia.
ResponderEliminarbeijinhos
duas sombras para existir em poesia e, sobretudo, em existência.
ResponderEliminarum abraço amigo!
Voltei ao en(canto) de leitura tão única, ao prazer de saborear o verso musical e o significado plural que concedes à palavra. Neste poema, através de uma espécie de jogo do esconde-esconde (ou de espelhos), conferes à sombra uma personalidade que se desdobra em personalidades. É da sua natureza assim ser. Mas tu, poeta, tens existência por ti mesmo. As sombras temem-te. Ou a força da tua palavra.
ResponderEliminarBJO, Filipe :)
(Lerei tudo desde o último poema que visitei)
Ah... Filipe... Inspiras-me com a veemência do que rediges.. De repente sou só minha sombra obscura e deixei de ser humana; imerso-me à matéria escura do universo.
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