«Todo o compasso tem um hiato
Um intervalo que interrompe o tempo
E o devolve como
espaço adverso
Ao verso»
As rotas são redundantes
Elipses em indeterminantes determinâncias
As derrotas são angulares
Traços em oblíqua supressão
Todo o movimento é ilusório
Passo estático em
aparente progressão
«Ambíguas são as dualidades e
as insensatas fugas
Contíguas distâncias que se formam
quando sofridos sopram
os ventos
Interrompendo o tempo
I n t e r r o m p e n d o o t e m p o »
Utopia silenciada na sombra da palavra
A voz irrompe da obscuridade
como áspera face
reinventando a raiz do mundo
O conhecimento é iminente transigência
Inconstante discordância em constante descontentamento
Todo o poema é um lugar estreito constrangido ao lugar-comum
«No silêncio o
verso entardece»
.