Tenho uma cave de caixotes cerrados
Devidamente empilhados
Ordenados na cronografia de um rosto
Tenho uma cave de faces vendadas
Vedadas figuras
Solenes na aparência de um mundo
Tenho uma cave de incómodos silêncios
Indevidamente calados
Amordaçados silenciosamente
Ocultados no culto de um nome
Tenho uma cave de proscritos propósitos
Esquecimentos propositados
Inoportunos incêndios
Imolados em fogo-algum
Tenho do tempo a insanidade
E na cave para nós o reservado espaço
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