A voz silenciada desde
o início do tempo
o gesto estático dos deuses
o gesto estático dos deuses
O núcleo atómico do pranto de Hiroxima
E os corpos caídos nas planícies de napalm
Os gritos sufocados de Auschwitz e o gás retido dentro da cal
O grande silêncio o silencio maior desde o princípio da Voz
o tempo estático de um rosto imóvel
o tempo estático de um rosto imóvel
Ao alto a morada inominada
Na terra a terra assim infértil
e o silêncio oculto dos deuses
O pensamento que se alonga como uma ogiva
um silogismo pertíssimo da implosão
um silogismo pertíssimo da implosão
Se os deuses são imagem, os Homens reproduzem-se
humanos e frágeis, sem competência para aperfeiçoar a criação
Deve ser por essa incompetência, que os deuses se riem de nós...
ResponderEliminarE a nossa humanidade a insistir que somos a supremacia. Nós, pouco ou quase nada sabemos do porvir.
Beijo, Filipe, cuida-te.