Se preteríssemos a adversidade, já pretérita
E a supérflua trama de uma gesta
Poderíamos, possivelmente,
respirar
Se desdisséssemos uma intransitável memória
E saltássemos sobre os seixos assombrados
Poderíamos, possivelmente,
respirar
Se sobrevoássemos toda a extensão de um amor impedido
E afastássemos, da ilusão caótica, toda a sombra e todo o caos
Poderíamos, possivelmente,
respirar
respirar
Se desdisséssemos uma intransitável memória
E saltássemos sobre os seixos assombrados
Poderíamos, possivelmente,
respirar
Se sobrevoássemos toda a extensão de um amor impedido
E afastássemos, da ilusão caótica, toda a sombra e todo o caos
Poderíamos, possivelmente,
respirar
Todo o grande amor não se permite respirar, eis a sua extensão, eis a sua beleza e, sendo superior a todas as intempéries, nada o pode impedir, porque em algum lugar ele já está. O amor é superior a todos os "Ses" que se possam o tentar calar. Perfeito, belo e ao mesmo tempo sufocante, Filipe! O que menos se consegue fazer ao ler o teu poema, é respirar! beijinhos
ResponderEliminarPossivelmente.
ResponderEliminarMas daí não teríamos a (sua) poesia.
Fiquei quase sem respirar, ao evocar as imagens que o poema provoca.
Lindo, Filipe, como soe ser a sua poesia.
Beijo!
Se os espíritas estiverem certos e eu reencarnar n'outra vida, ei de implorar para ser uma poesia tua.
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