sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

OBSESSÃO










Palavra-vento          Arrastando                        Verso
Palavra-sombra       Escurecendo                       Reverso
Palavra-silente        Silenciando             Desmente.
Palavra-oculta         Ocultando               Avulta
      Palavra-traço                       Delimitando            Vulto
Palavra-tempo         Tracejando             Volta.
Palavra-espaço        Espaçando              Sente
Palavra-demente            Aumentando                 Sempre
Palavra-obsessão   Obcecando             Razão
                        Palavra-ausente      Ausentando                       Parte
Palavra-sismo          Situando                  Cisma.
Palavra-abismo       Acentuando                       Estreita
Palavra-etérea        Alterando               Espera.
Palavra-medo                      Murmurando                     Cedo
Palavra-estória        Relembrando                     Memória
Palavra-fogo                         Acendendo             Flama.
Palavra-insana         Revelando               Reza
Palavra-inerte         Vacilando                Incerta
Palavra-aberta         Encerrando             Esta.






11 comentários:

  1. Adorei esta poesia visual, as palvras soltas criam versos e os versos de cima para baixo, de baixo para cima, ou mesmo lendo somente as colunas. Neste passeio pela tua obra outras obras foram se criando. está o máximo, querido amigo, parabéns pela tua arte!

    bjnhos

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  2. palavras-imagens que remetem a sentimentos-palavras numa crescente arte poética.

    Estava acá a esperar um novo poema-post. Gostei muito deste trabalho.

    Abs,

    Anna Amorim

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  3. A incerteza entre passos
    Chamas Murmúrios que trazem de volta
    O receio, mas etéreo tempo
    São estreitas as ruas
    São estreitos os tempos
    A palavra soprada no inverso.

    ( fazendo- espaço )


    Adorei,

    De várias formas, li poemas dentro do poema.

    Como palavras por desvendar.
    Teu poema é Poesia, sempre bela.

    Beijinho



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  4. Que poemas originais! :) Gostei muito, de todos!

    Beijos

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  5. A palavra do poeta em busca do essencial encontro do todo

    infinito...

    Nesse todo,o paradoxal existencial em significados e sentires,

    que correm obsessivamente na linha da perfeição...

    E assim,o belo cenário escultural das palavras em

    arte-movimento!!!

    A palavra fogo poético

    Que flama a chama

    Do verso

    Reverso

    Em infinito.

    Bjo.

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  6. Um choque, no melhor dos sentidos, ao abrir o teu blogue. Espero voltar em breve para deixar algo, se for capaz...
    Bjo, meu amigo :)

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  7. Poeta

    Perante o que acabei de ler...não tenho palavras para comentar o que nasceu do mais profundo da alma do poeta.

    Deixo apenas um beijinho e a minha admiração imensa
    Sonhadora

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  8. Uma poesia que causa um verdadeiro cataclisma, levando o leitor ao desmaio, ao abismo, porque nos desloca do eixo (de uma tradicionalidade rítmica); e nos conduz para essa "disposição espacial" das palavras, em que a tensão poética, disposta e aparentemente dispersa, neste provocante e intencional (?) mural visual, nos leva ao desejo de linearidade, de desmistificá-lo, de quebrar o espelho... Surpreendente, como sempre, Filipe!

    Beijos!

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  9. Cá estou, de novo, como se o lugar que tivesse visitado me empurrasse para um novo passeio. É a palavra que me ocorre: passeio-me entre corredores de poemas, de sentidos, num labiríntico espaço onde o puro prazer da perdição no encantamento do jogo das palavras, se sacia poeticamente.

    Uma obra de arte, este teu poema...

    Bjo, amigo Filipe :) :)

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  10. desenhas palavras que lêem ao espelho no inVERSO do avesso do oposto contrário ao desnível do absoluto.

    Este poema deveria ser emoldurado

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