Feéricos fumos formam fulgentes formas
E os versos, em frenesim, formam mundos artificiais
São trechos tecendo a trama de um tempo aditado
Estrofes expostas expondo uma aliteração asfixiante
São silabas convergindo à sombra de um sofrimento sublimado
Um clamor lírico suspenso na inércia
Um verso verbalizando tal sentir apavorado
Ditos paraísos são terras irreais
Desejos químicos desdizendo a mente
Pérfidos risos rindo perdidamente
Júbilos expelindo do desespero a dor
Metafísicos medos de um temor transcendente
Confrontos opondo-se num opulento desencontro
Fulgentes fumos expandem etéreos espaços
Precisamente absurdos, absurdamente divinos
Idealmente ideais
Ditos paraísos são terras surreais
Delírios de loucura irresistível
Volúpias imateriais de convulsa devassidão
Rapsódia de um tédio luminante
Ofuscando
A clarividência é tão insuportável...
Sempre presente a musicalidade na tua poesia, como que compondo uma sinfonia fonética…
ResponderEliminarCansa-te a repetição. Reinventas formas, espaços. Tens consciência desta fuga mas precisas destes paraísos mentais, uma evasão (con)sentida. Um poema na senda do simbolismo – título bem adequado.
Na verdade, ter a capacidade da clarividência faz estragos na sanidade mental.
(Aqui há dias li algo que vem a propósito, embora não tenha fixado; tento reproduzir a ideia: pensar muito leva à loucura ou é a loucura que faz pensar.)
Como sempre, leio-te num emaranhado de sentires…
Bjo, querido amigo :)
Um nevoeiro inebriante
ResponderEliminarOnde os sentidos se atordoam
Onde os sentidos tocam outras dimensões
Um sentimento de quase-visão
Um quase tocar do etéreo
Que se desfaz como nuvem
Numa repentina realidade
Uma inspiração, inspiradora
Resultante em um poema metafisico
Que adorei ler
Perfeito.
Belo.
Beijinho
bem óbvio, obviamente Filipe.
ResponderEliminarbom te ler de novo.
bjo.
Um poema que nos transcende, de uma subtileza, que nos faz voar nas asas do sonho...
ResponderEliminarBom fim de semana e um abraço....:)
A maravilha mora aqui.
ResponderEliminarA tua escrita seduz e inebria.
Obrigada, Filipe.
Belo
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