Um inaudível silêncio inicia
o precipício de um poema irrespirável
Ignorando da palavra a
sua íntegra rasura
Precipito a formulação de
um verso inescutável
Sentindo, num único
compasso, a superfície plural da voz
(Difícil é respirar (ardentemente) fraccionando a proporção
do ardor)
Um intangível silêncio prolongando
o princípio da irrespirabilidade
Suposta sobreposição de
silêncio-silêncio, intermitentemente prolífero
Um silêncio inanimado no princípio passado de um informulado amor
Relevante a negação que perpassa no poema, bem presente no uso de prefixos que remetem para um estado de quase asfixia.
ResponderEliminarViver num sufoco existencial, traduzido num silêncio que é voz, é condição inata de um poeta GRANDE, como tu!
BJO, amigo Filipe :)
Ruídoso é silêncio
ResponderEliminarDe um lugar sem caminho
Com uma voz muda ao final da encruzilhada
Não se divide as pétalas de uma só rosa
É sufocante a palavra que sufoca sem verso
Um poema com conclusão,
gostei muito
beijinho
Que interessante construção poética, muito bem elaborada!
ResponderEliminarTenha um ótimo fim de semana..
Um grande abraço.
A distância atroz de um centímetro...
ResponderEliminarObrigada pela partilha!