( Do silêncio nem um som )
Na
intacta respiração de um pós-verso
Perto
se escuta silente mundo
Somos
silenciosamente só
O
sussurro substantivo de uma incógnita
O verso
disperso em esparso branco
Do ruído
remanescente somos somente
A insonora
lembrança de um timbre ausente
Os
braços desgarrados como ramos que se enlaçam
A voz
cingida em cingido corpo
A
incerteza d´incorpórea fragilidade
Somos
somente silêncio só
Somos só
O
intacto som de um silêncio
( Somente
)
.
Antes do verso o silêncio de SER só verso...
ResponderEliminarAbraços,
E quanto silêncio há em nós...
ResponderEliminarabraço
Na memória, nada se perde
ResponderEliminarTudo se pode.
E todos os silêncios são som
Pertíssimo de todos os tempos
Á distância de um pensamento
São imagens sobrepostas a qualquer visão
A solidão que se impõe na fragilidade
De uma pergunta e, depois?
Talvez, mais do que um som
Mais do que este tempo.
Como sempre, sublime.
Beijinho
"Somos silenciosamente só...".
ResponderEliminarE apenas silenciosamente é que somos, Poeta Grande.
Teu poema é sublime.
Abraços.
Existe na essência humana a solidão imponderável num
ResponderEliminartraço enigmático do Ser e o silêncio é sua expressão
musical (sonora) numa relação quântica de significados
e vazios na (in)completude existência.
Fiquei num silêncio profundo e emocionada com este
teu magistral poema.
Muito belo e sublime! Bjo.
Boa tarde Felipe.
ResponderEliminarUm lindo poema, sempre passamos um tempo em silencio, acho ate que é bom ficarmos com a nossa propria companhia, logico por pouco período de tempo. Uma linda noite.
Abraços.
Tanto se verseja sobre o silêncio e no silêncio! Silêncio: um dos termos mais polissémicos do léxico linguístico: inspirador e conspirador do eu poético. Sabemos que, denotativamente, o silêncio é a ausência de ruído; contudo, ele é o maior instigador dos processos da cognição; é nessa denotação que mais extraímos conotações linguísticas.
ResponderEliminarComeço pelo título: este “só” tanto pode ser advérbio, reforçando o somente, como adjetivo, funcionando como personificaçao e mesmo hipálage – ausência de um outro; no entanto, o “subtítulo e o verso final, parecem remeter o leitor para a primeira interpretação. E é, precisamente nos momentos em que ignoramos o ruído e nos adentramos para um estado introspectivo que o sentir se agudiza, doendo-nos as dores de um real, perante o qual somos impotentes. Então sobrevém a essência nos versos traçados.
No limite, poderia ver no poema o silêncio como o final corpóreo…
Imenso este poema! O silêncio como uma narrativa com princípio, meio e fim.
Como sempre, rico em recursos estilísticos. Como sempre, uma superior construção poética.
PARABÉNS!
BJO, Filipe :)